Bares e restaurantes pedem retomada do horário de verão
Faturamento do setor cresce de 10% a 15% com a medida, diz associação
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) enviou carta ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pedindo a volta do horário de verão no Brasil. Segundo a entidade, a medida gera impacto direto no faturamento dos bares e restaurantes, com crescimento entre 10% e 15%.
“No momento em que o setor ainda se recupera dos prejuízos causados pela pandemia, a implementação da medida beneficiaria um setor que gera renda direta para mais de 7 milhões de brasileiros e tem cerca de 1,5 milhão de empreendimentos no país”, diz a Abrasel na carta enviada na terça-feira (26) ao ministro.
A Abrasel destaca que a medida movimenta a economia, principalmente no comércio e no turismo, uma vez que os turistas tendem a aproveitar melhor os destinos, estendendo suas atividades até mais tarde. A entidade também enviou um ofício sobre o mesmo assunto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos ministros do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do Turismo, Celso Sabino.
Na noite de hoje (27), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que não há sinais de que a adoção do Horário de Verão será necessária neste ano. “O Horário de Verão só acontecerá se houver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico brasileiro. Por enquanto não há sinais nenhum nesse sentido. Estamos com os reservatórios no melhor momento dos últimos 10 anos”, explicou.
Na semana passada, a pasta informou que os dados não indicam necessidade de implantação do horário de verão em 2023, em virtude do planejamento seguro implantado pelo ministério desde os primeiros meses do governo.
Criado em 1931, o horário de verão foi extinto pelo governo federal em 2019, com base em estudos que apontaram a pouca efetividade na economia energética. O governo da época também se baseou em estudos da área da saúde sobre os impactos da mudança no relógio biológico das pessoas.
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Alô Valparaíso/* Com as informações da Agência Brasil/Foto: Renato Araújo/Agência Brasil