Pré-candidatura de Flávio Bolsonaro provoca posicionamentos de rivais na direita
Caiado e Zema mantêm pré-campanhas e defendem múltiplos nomes no campo conservador, enquanto Michelle Bolsonaro endossa o senador
O anúncio da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República em 2026, feito nesta sexta-feira (5), provocou movimentação imediata entre outros nomes já colocados na disputa pelo campo da direita. A indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro ao filho não reduziu o número de pré-candidatos, que reafirmaram seus projetos e destacaram a possibilidade de múltiplas candidaturas no primeiro turno.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), divulgou nota em que reconheceu a decisão da família Bolsonaro, mas reforçou que seguirá como pré-candidato. Ele afirmou que está convicto de que o próximo ano será de mudança política e que pretende manter sua estratégia eleitoral.
Romeu Zema, governador de Minas Gerais pelo partido Novo, também se manifestou. Ele disse que a entrada de Flávio Bolsonaro na corrida presidencial é legítima e democrática, lembrando que Jair Bolsonaro já havia defendido a presença de mais de um nome da direita no primeiro turno. Zema acrescentou que continuará trabalhando para consolidar sua candidatura nacional.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que havia sido cogitada como possível candidata, declarou apoio público ao senador, desejando a ele sabedoria e força na nova etapa. O gesto reforça a tentativa do Partido Liberal de apresentar unidade em torno da pré-candidatura de Flávio.
Já o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), que confirmou sua pré-candidatura em maio, não se pronunciou sobre o anúncio. O cenário indica que a entrada de Flávio Bolsonaro amplia a disputa interna na direita, sem reduzir o número de nomes que devem se apresentar ao eleitorado em 2026.
Alô Valparaíso/* Com as informações do Correio Braziliense | Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados


