Novo procedimento contra soluços não atrasa previsão de alta de Bolsonaro, dizem médicos
Equipe prevê observar evolução do ex-presidente ao longo dos próximos dias; novo procedimento durou cerca de uma hora
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por um novo procedimento neste sábado (27), desta vez para tratar uma crise de soluços, e já voltou para o quarto hospitalar.
A jornalistas, a equipe médica confirmou que o procedimento saiu como esperado e que a intervenção não afeta a previsão de alta, de até 7 dias, anunciada quando Bolsonaro foi internado.
A manobra feita levou cerca de 1 hora, e não é considerada uma cirurgia. Agora, o ex-presidente seguirá sob observação para ver se a ação foi eficaz. A técnica tem o nome de “bloqueio anestésico do nervo frênico”, e é voltada para aplicação de um anestésico para tentar interromper soluços.
A ação foi feita no lado direito e uma segunda etapa do mesmo procedimento será aplicada na segunda-feira (29), no outro lado do nervo.
“Vamos aguardar resposta mas já temos programação do outro lado, na segunda-feira”, afirmou o médico radiologista Mateus Saldanha, que fez o procedimento.
O médico reiterou que ainda é cedo para confirmar se a manobra foi bem sucedida, assim como se haverá necessidade de uma eventual cirurgia. “A gente tem que observar como ele vai seguir. Acabamos de fazer o procedimento, é precoce falar de outros procedimentos”, disse.
A decisão pelo procedimento foi confirmada pela falta de resultados a medicamentos, conforme explicou o cardiologista Brasil Caiado.
“A nossa proposta inicial era otimizar o tratamento clínico ao máximo possível no que temos disponíveis de medicamentos. Isso foi feito desde o início da internação, mas a resposta não foi como esperávamos. Ontem ele teve uma crise de soluço muito prolongada, inclusive mais forte, o que incomodou profundamente para dormir”, declarou o cardiologista.
O novo boletim médico, divulgado após a fala dos médicos, informa que Bolsonaro “deverá seguir com fisioterapia para reabilitação, medidas de profilaxia de trombose venosa e cuidados clínicos”.
Hérnia e o pós-operatório
O cirurgião de Bolsonaro, Cláudio Birolini disse que a recuperação relacionada à cirurgia para tratar hérnia na virilha segue como previsto, e que o político fará fisioterapia e receberá cuidados de curativos: “Dessa parte tem ido bem”.
“A gente mantém a expectativa de 5 a 7 dias [para alta]”, indicou, em outro momento. Pelo calendário, ele voltaria para a cela na sede da Polícia Federal em Brasília no Ano Novo, mas seguiria recebendo cuidados médicos no local — de profissionais que atendem no local e do acompanhamento da própria equipe.
Alô Valparaíso/* Com as informações do R7 | Foto: Fabio Rodriges-Pozzebom/Agência Brasil


