Imprensa mundial noticia a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro
Rafaela Marinho, 7 anos, será sepultada no Cemitério Jardim Metropolitano
Rafaela Marinho, 7 anos, a criança assassinada pela madrasta na Cidade Estrutural, será velada na manhã deste domingo (23/11), no Cemitério Jardim Metropolitano de Valparaíso de Goiás. A menina foi asfixiada dentro da casa do pai, na tarde dessa sexta-feira (21/11).
Familiares chegaram a criar uma vaquinha para arcar com os custos do velório e conseguiram arrecadar o valor. A cerimônia de despedida está marcada para as 9h, e o sepultamento, previsto para as 17h.
A suspeita Iraci Bezerra dos Santos Cruz, 43, madrasta da menina, foi presa horas depois de se apresentar na 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural). Na 8ª DP, Iraci começou o depoimento dizendo: “É, agora vou pagar pelo que fiz”. A mulher relatou que, no dia anterior, usou drogas e álcool na companhia do namorado até as 5h de sexta. Às 7h, o pai de Rafaela saiu para trabalhar. Ao ser questionada sobre ter discutido com a menina antes do crime, Iraci afirmou que a criança disse que preferia morar com a vizinha do que com ela.
“Não estava planejando, nem pensando”, respondeu Iraci à delegada ao ser confrontada sobre a possível premeditação do crime. Acrescentou que teve uma “vontade repentina” e detalhou o passo a passo: primeiro, tentou dopar a menina usando um pano com álcool no nariz dela; depois, a asfixiou com um cinto e tentou pendurá-la em uma pilastra. Depois, ela disse que vestiu uma roupa e foi para a delegacia.
Foragida
A Polícia do DF descobriu que Iraci era foragida da Justiça do Pará por matar o então marido, com quem conviveu por mais de 23 anos e teve quatro filhos — deixados por ela no estado da Região Norte na fuga para Brasília. O mandado de prisão, expedido em março de 2024, está no Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP), do Conselho Nacional de Justiça.
Ela negou o crime. Contou que, no dia do fato, havia saído com o companheiro para beber em um bar da região. Na volta, segundo a versão, ele entrou para tomar banho enquanto ela permaneceu na área externa da casa. “Ouvi uns disparos de arma e fiquei assustada. Corri para o mato para me esconder”, alegou. A Justiça paraense não comprou a tese. A polícia concluiu pela autoria dela, e o Ministério Público pediu a prisão preventiva. O juiz concordou, determinando a captura e a transferência imediata para o Centro de Reeducação Feminino de Santarém (PA).
Segundo a delegada Bruna Eiras, chefe da 8ª DP, a acusada responderá por feminicídio, com incidência da Lei Henry Borel, com agravantes de meio cruel por impossibilitar a defesa da vítima e por motivo fútil. “Ainda terá agravante de pena pelo crime ser praticado contra menor de 14 anos e por ter relação de madrasta com a vítima. A pena pode chegar a 40 anos”, disse a delegada.
Alô Valparaíso/* Com as informações do Correio Braziliense | Foto: Reprodução Google Maps


