DF registra dois casos suspeitos de leptospirose na primeira semana do ano; veja cuidados
Dois casos suspeitos da doença foram registrados na primeira semana do ano. Secretaria de Saúde alerta para os riscos da contaminação pela bactéria.
A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria presente na urina de animais, principalmente roedores. O contato com a água ou a lama contaminada pode levar à infecção, que pode ser grave e até fatal. Com as chuvas e enchentes que atingiram o Distrito Federal nos últimos dias, o risco de contrair a doença aumenta.
Segundo a Secretaria de Saúde, apenas na primeira semana do ano, dois casos suspeitos de leptospirose foram registrados no DF. Em 2023, uma pessoa morreu pela doença na capital e 111 casos suspeitos foram notificados, sendo 75 descartados, nove confirmados e seis ainda em investigação.
Para evitar a propagação da doença, a Secretaria de Saúde emitiu um alerta epidemiológico nas regiões mais afetadas pelas chuvas, como a Vila Cauhy, no Núcleo Bandeirante, onde mais de 60 pessoas ficaram desabrigadas após o transbordamento do córrego Riacho Fundo. Equipes da pasta monitoram os locais com possíveis vetores da doença e o Serviço de Limpeza Urbana retira os entulhos e lixos levados pela água.
No entanto, a população também deve tomar uma série de cuidados para se proteger da leptospirose. De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, a água e a lama de enchentes são a segunda maior causa de contaminação pela doença no país, atrás apenas dos locais com presença de roedores. Outros fatores de risco são as regiões com criação de animais e próximas a rios, lagoas e córregos.
Entre as medidas preventivas estão:
- Evitar o contato prolongado com áreas alagadas, lama e esgoto;
- Higienizar-se o mais rápido possível com água potável e sabão após o contato com a água de enchentes;
- Procurar locais protegidos para evitar a exposição à lama e à água;
- Não consumir alimentos que entraram em contato com a água, mesmo que estejam embalados ou enlatados.
Os sintomas da leptospirose podem se manifestar entre dois e 30 dias após a exposição à bactéria. Os principais são: febre, dor de cabeça e dor no corpo, especialmente na região lombar e nas panturrilhas. Casos mais graves podem causar alterações respiratórias e urinárias, sangramentos, hipotensão, vômitos e arritmias cardíacas. A doença pode ser tratada com antibióticos, mas é preciso procurar atendimento médico o quanto antes.
Alô Valparaíso/* Com as informações do R7/Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil