Distribuidora de bebidas e tabacaria em Valparaíso foi autuada por venda de produtos proibidos no país
Operação conjunta entre o Procon Estadual, Procon Municipal de Valparaíso e Polícia Militar de Goiás apreendeu mercadorias nesta quinta-feira (22)
O cigarro eletrônico surgiu como um produto alternativo para quem queria parar de fumar, mas não conseguia encarar os tratamentos usuais. O que era para ser um instrumento inofensivo foi, ao longo dos anos, ganhando ingredientes novos, muitos sabores e uma dose de nicotina mais viciante que os cigarros convencionais. Em virtude dos malefícios que o produto oferece à saúde humana, foi proibido no Brasil em 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a importação, propaganda e venda de cigarros eletrônicos. Em julho deste ano a decisão foi mantida em reunião da diretoria colegiada do órgão.
Mesmo proibidos, milhares destes produtos continuam sendo comercializados, e nesta quinta-feira (22), numa operação conjunta entre o Procon Municipal de Valparaíso, Procon Estadual e Polícia Militar de Goiás, os fiscais encontraram cigarros eletrônicos, refis e essências para vapes. Produtos fora do prazo de validade, como salgadinhos, refrigerantes e bebidas alcoólicas também foram localizadas no estabelecimento comercial, totalizando mais de 500 produtos apreendidos.
Os responsáveis pela distribuidora de bebidas tem 20 dias para apresentar defesa e continuará em funcionamento por não haver irregularidades em seu alvará. Caso a autuação vire multa, o valor varia conforme o porte da empresa, com valores entre R$754,00 l e R$11 milhões.
A fiscalização ocorreu em após denúncias aos órgãos fiscalizadores — Procon Municipal e Estadual — e Polícia Militar em Valparaíso de Goiás.
O que é um Cigarro Eletrônico
Os cigarros eletrônicos são aparelhos alimentados por bateria de lítio e um cartucho ou refil, que armazena o líquido. Esse aparelho tem um atomizador, que aquece e vaporiza a nicotina. O aparelho traz ainda um sensor, que é acionado no momento da tragada e ativa a bateria e a luz de led.
A temperatura de vaporização da resistência é de 350°C. Nos cigarros convencionais, essa temperatura chega a 850°C. Ao serem aquecidos, os DEFs liberam um vapor líquido parecido com o cigarro convencional.
Os cigarros eletrônicos estão na quarta geração, onde é encontrada concentração maior de substâncias tóxicas. Existem ainda os cigarros de tabaco aquecido. São dispositivos eletrônicos para aquecer um bastão ou uma cápsula de tabaco comprimido a uma temperatura de 330°C. Dessa forma, produzem um aerossol inalável.
Males causados pelo cigarro eletrônico
Estudos científicos demonstram que o uso dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) está relacionado com aumento do risco de jovens ao tabagismo, potencial de dependência e diversos danos à saúde pulmonar, cardiovascular e neurológica.
Estudos do Instituto de Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc) comprovaram que a fumaça do produto contém propilenoglicol.
Propilenoglicol é uma substância segura para a saúde humana, mas que, quando usada como diluente para a nicotina e é vaporizada e inalada, libera o formaldeído em concentrações cinco a 15 vezes maiores do que as encontradas nos cigarros tradicionais. Isso a torna capaz de provocar câncer.
Alô Valparaíso/* da redação com as informações da Agência Brasil/Foto: Divulgação