Goiás tem recorde de raios em 2023 e especialistas alertam para os riscos
Estado registrou mais de 14 milhões de descargas atmosféricas, quatro vezes mais do que em 2022. Raios podem causar danos na rede elétrica e acidentes fatais.
O ano de 2023 foi marcado por um fenômeno impressionante em Goiás: o estado registrou mais de 14 milhões de raios, segundo o sistema de monitoramento da Equatorial, concessionária responsável pela distribuição de energia no estado. O número é quatro vezes maior do que o ano anterior, que foi de aproximadamente 3,8 milhões.
Os raios são descargas elétricas que ocorrem entre as nuvens ou entre as nuvens e a superfície terrestre. Eles são mais frequentes em períodos de chuva intensa, quando há grande formação de nuvens carregadas eletricamente.
Segundo dados do sistema de monitoramento de raios da Equatorial, as cidades com maior incidência de raios no estado são: Niquelândia, Rio Verde, Cavalcante, Jataí, Cristalina, Mineiros, Serranópolis, Caiapônia, Nova Crixás e São Miguel do Araguaia.
Os raios podem trazer diversos problemas para a população e para a infraestrutura. “Cerca de 20% dos problemas na rede de distribuição elétrica são ocasionados por raios. Essas descargas atmosféricas causam danos para a rede elétrica, provocar curto-circuito, queimar transformadores e ocasionar até acidentes fatais”, disse Vinicyus Lima, gerente do Centro de Operações Integradas da Equatorial.
Além disso, os raios representam um perigo para as pessoas que estão expostas a eles. André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), explica que é preciso ter cuidado quando fortes chuvas e raios começarem a se formar.
“Você tem que procurar um lugar seguro. Não é embaixo de posto de gasolina, mas sim uma casa de alvenaria. Não ficar debaixo de árvores, não ir para um local aberto como o pasto, porque entre a terra e as nuvens, você pode ser o ponto mais alto e o raio pode te atingir”, disse.
Para se proteger dos raios, algumas dicas são: evitar usar aparelhos eletrônicos ligados na tomada durante as tempestades; não usar telefone fixo com fio; não tomar banho com chuveiro elétrico; não ficar perto de janelas ou portas metálicas; não tocar em objetos metálicos; e se estiver na rua, procurar abrigo em um prédio ou veículo fechado.
Alô Valparaíso/* Com as informações do g1/Foto: Canva