Na COP28, 116 países firmam acordo para triplicar produção de energias renováveis até 2030
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Durante a Conferência do Clima das Nações Unidas, realizada em Dubai, um grupo de 116 países anunciou seu comprometimento em triplicar suas capacidades para energias renováveis até o ano de 2030. Além disso, outros vinte países se comprometeram em triplicar a geração nuclear até o ano de 2050, o que foi considerado um gesto histórico.
O objetivo desses países é trabalhar juntos para aumentar as capacidades renováveis globais, incluindo energia eólica, solar e hidroelétrica, para aproximadamente 11.000 gigawatts (GW), em comparação com os atuais cerca de 3.400 GW. Especialistas apontam que para alcançar a neutralidade de carbono até meados do século, é essencial reduzir a dependência dos combustíveis fósseis o mais rápido possível.
O debate em torno das energias renováveis e a opção nuclear tem sido uma questão vigente há décadas. Embora organismos como a Agência Internacional de Energia (AIE) defendam a compatibilidade entre as duas opções, acidentes nucleares como os de Chernobyl, em 1986, e Fukushima, em 2011, geraram dúvidas e críticas. Países como a Alemanha chegaram a desativar suas centrais nucleares, mas eventos como a guerra na Ucrânia trouxeram incertezas sobre medidas drásticas como essas.
No entanto, países como Estados Unidos, França e Japão estão entre os vinte que se comprometeram a triplicar sua produção de energia nuclear até meados do século. Ainda assim, especialistas e organizações ambientalistas argumentam que a energia nuclear precisa ser levada a sério e receber comprometimento político para cumprir suas promessas.
Enquanto isso, o presidente colombiano, Gustavo Petro, anunciou que seu país se uniu ao Tratado de Não Proliferação de Combustíveis Fósseis, tornando-se o primeiro país fora de ilhas a aderir a esse tratado. A Colômbia é a quarta maior potência petrolífera da América Latina e seu governo planeja continuar exportando petróleo, mesmo com o compromisso em relação aos combustíveis fósseis.
Além disso, os Estados Unidos também anunciaram um compromisso de contribuir com 3 bilhões de dólares (cerca de 15 bilhões de reais) para o Fundo Verde para o Clima. Essa contribuição marca o primeiro compromisso do país desde 2014.
Esses anúncios, embora nem todos tenham força legal, têm um significado simbólico importante no contexto das mudanças climáticas e do debate global sobre o futuro das fontes de energia. A busca por soluções mais sustentáveis e menos dependentes dos combustíveis fósseis é uma prioridade para muitos países, e esses compromissos representam passos importantes nessa direção.
Alô Valparaíso/* Com as informações da Jovem Pan/Foto: Canva