Obras da primeira usina pública de energia limpa do DF são finalizadas
Estimativa é de economia de R$ 1 milhão aos cofres públicos, com fornecimento elétrico para 80 prédios públicos
O Distrito Federal acaba de ganhar sua primeira usina pública de energia solar, instalada no Parque Ecológico de Águas Claras. A iniciativa faz parte do Projeto CITinova, que visa promover a sustentabilidade urbana por meio da geração de energia limpa e renovável em áreas de preservação ambiental e edifícios públicos da capital federal.
O anúncio da conclusão da primeira etapa do projeto foi feito nesta quarta-feira (7/06) pelo governador Ibaneis Rocha, durante solenidade no Salão Branco do Palácio do Buriti. Segundo ele, a usina solar vai gerar uma economia de cerca de R$ 1 milhão por ano aos cofres públicos e contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
“Desde o início do governo trazemos para o DF todas as condições de sustentabilidade. Hoje nós temos uma cidade, graças a Deus, que tem essa pegada ambiental muito forte”, afirmou o governador, destacando que o projeto também vai beneficiar a população com a oferta de cursos e capacitações na área de energia fotovoltaica.
O secretário de Meio Ambiente e Proteção Ambiental (Sema), Gutemberg Gomes, ressaltou que o DF é pioneiro na implantação de uma usina pública geradora de energia solar. “Não existe no Brasil uma usina pública geradora de energia fotovoltaica. Aqui estamos trabalhando para que tenhamos esse instrumento que atenderá os prédios públicos, escolas, unidades de conservação e sedes de órgãos do governo”, disse.
A usina solar do Parque Ecológico de Águas Claras conta com 1.310 placas fotovoltaicas, que ocupam uma área de 3.500 metros quadrados. A potência instalada é de 480 quilowatts-pico (kWp), o que equivale ao consumo médio mensal de 240 residências. A energia gerada será injetada na rede da Companhia Energética de Brasília (CEB) e compensada na conta de luz dos órgãos beneficiados.
O projeto CITinova é fruto de uma parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF), o governo federal e a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). O investimento total é de R$ 4,1 milhões, sendo R$ 3 milhões provenientes do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e R$ 1,1 milhão de contrapartida do GDF.
Serão beneficiados com o abastecimento da usina solar as secretarias de Meio Ambiente e Proteção Ambiental (Sema) e de Educação (SEE), a Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB), o Jardim Botânico de Brasília (JBB) e o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF (Brasília Ambiental). Assim, serão atendidos 80 prédios públicos, incluindo 10 escolas e 24 unidades de conservação.
Além da usina solar do Parque Ecológico de Águas Claras, o projeto CITinova prevê a instalação de outras duas usinas solares no Distrito Federal: uma no Parque Ecológico Sucupira, em Planaltina, e outra no Parque Ecológico Canela-de-ema, em Brazlândia. A previsão é que as obras sejam concluídas até o final deste ano.
Alô Valparaíso