Planilha da propina: documento encontrado pela PF liga parlamentares a grupo criminoso
Lista de propinas estava com Alex Parente, preso pela PF na Operação Overclean, que apura desvios de emendas parlamentares
O deputado Vicentinho Junior (PP-TO) e a mulher dele, Gillaynny Marjorie Duarte Borba de Oliveira, teriam movimentado, por meio de uma empresa fantasma, R$ 170 milhões em seis anos.
É o que diz um relatório da Policia Federal dentro de uma investigação no âmbito da Overclean. A operação, que já está em sua 8ª fase, tem sido comparada à Lava-Jato nos bastidores.
O Blog tenta contato com o deputado. Espaço está aberto para o seu posicionamento.
Em sua primeira fase, a operação prendeu os empresários Fábio e Alex Parente. Alex foi preso quando tentava embarcar em um jatinho particular para Brasília com uma mala de dinheiro. O total: R$ 1,5 milhão em espécie, que foi apreendido.
Mas uma outra coisa apreendida na aeronave com Alex Parente naquele dia vale mais que dinheiro para a Policia Federal. Uma planilha com nomes, codinomes e valores pagos como suposta propina.
O nome da mulher do deputado Vicentinho aparece na planilha como “Vic”, segundo relatório da PF, que aponta que os valores e nomes da tabela batem com os recebidos pela empresa fantasma supostamente do casal.
A Operação Overclean começou com investigações no estado da Bahia, quando a empresa Allpha pavimentação, dos irmãos Parente, teria fraudado licitação com o Dnocs BA, e com uma ata de registro de preços, replicando a atuação fraudulenta em outros estados.
Com o surgimento de nomes próximos ao deputado Elmar Nascimento (União) nas investigações, o inquérito foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) e é relatado pelo ministro Flávio Dino.
Quem são os irmãos Parente
Os empresários, que estão presos desde dezembro de 2024, são apontados como chefes do esquema de fraudes licitatórias que movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão. A PF investiga várias empresas ligadas aos Parente em diversos ramos de atuação.
Alô Valparaíso/* Com as informações do R7 | Foto: Reprodução/Polícia Federal


