Professores querem equiparação salarial com outras carreiras do serviço público no DF
Greve continua, e sindicato dos professores divulga calendário de mobilizações
Dados divulgados pela Secretaria de Economia do Distrito Federal no último ano revelaram que o Governo do Distrito Federal (GDF) não tem cumprido com a meta 17 do Plano Distrital de Educação (2015-2024), que trata da valorização dos profissionais da rede pública de educação básica ativos e aposentados. O plano prevê que o vencimento básico dos professores seja equiparado, no mínimo, à média da remuneração das demais carreiras de servidores públicos do DF com nível de escolaridade equivalente, até o quarto ano de vigência deste plano.
Entretanto, segundo o ranking dos vencimentos básicos iniciais das 39 carreiras de servidores públicos do DF que exigem ensino superior, a carreira do magistério público aparece na 36ª posição, sendo precedida apenas pelas carreiras de assistência à educação, que ocupa o 38º lugar. A média inicial de vencimento básico da carreira do magistério é de R$ 5.016,52, enquanto a média de todas as carreiras é de R$ 8.666,13.
Diante da situação, o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) convocou uma greve para reivindicar melhores condições de trabalho e remuneração adequada. A diretora do Sinpro-DF, Luciana Custódio, declarou que além da readequação dos salários, a categoria também luta contra turmas superlotadas, desmonte da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do ensino especial, atrasos no repasse do Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (PDAF) e comprometimento das atividades pedagógicas por falta de estrutura e de pessoal.
Mobilização
Nesta segunda (15), o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) realizou um panfletaço na Rodoviária do Plano Piloto visando conscientizar a população dos motivos da greve da educação. Além disso, nesta quinta-feira (18) categoria volta a se reunir em Assembleia no estacionamento da Funarte às 9h30.
A greve dos professores do Distrito Federal iniciou no dia 4 de maio e conta com o apoio de entidades sindicais, da CNTE, da CUT e sindicatos de base cutistas, da Associação dos Docentes da UnB, do Sindicato dos Servidores e Empregados da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc) e do Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito Federal (SAE-DF).
Alô Valparaíso