Time de transplantados entra em campo em jogo do Atlético Goianiense
Em alusão ao “Setembro Verde”, 11 transplantados foram ao gramado antes da partida contra o Inter com mensagens de incentivo à doação de órgãos em camisetas e faixas
Em apoio às ações de incentivo à doação de órgãos desenvolvidas pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o Atlético Clube Goianiense levou um time de 11 transplantados ao estádio Antônio Accioly, na noite desta segunda (19), para a partida contra o Internacional, válida pela série A do Campeonato Brasileiro.
A ação faz parte da programação do “Setembro Verde”, mês dedicado à conscientização para doação de órgãos e tecidos. A campanha, criada para marcar o Dia Nacional de Doação de Órgãos, a ser celebrado no próximo dia 27, pretende informar as pessoas sobre a importância dos transplantes para salvar vidas e, assim, aumentar o número de doações.
“O transplante salvou minha vida”, diz Vinícius Gontijo Furlan, de 38 anos, que realizou um transplante de pulmão e entrou em campo trajando uma camiseta com os dizeres “Um sim salvou minha vida”. O grupo, cujos pacientes receberam rim, coração, pulmão, pâncreas-rim, fígado e córneas, também levou uma faixa com os dizeres: “Diga sim à doação de órgãos! #avisesuafamília”.
“Precisamos fortalecer a cultura da doação de órgãos, que é um gesto de amor e generosidade e pode salvar muitas vidas. Esse apoio que recebemos do Atlético é muito importante, pois amplia o alcance da campanha” destacou a gerente da Central de Transplantes do Estado de Goiás, Katiuscia Freitas.
Já o gerente de marketing do Atlético, Guilherme Borges, afirmou que o clube tem o foco na responsabilidade social. “Gostamos muito de apoiar causas como essa do transplante de órgãos. Sabemos da importância dessa pauta e também das dificuldades para doação. Por isso vamos fazer o possível para divulgar a campanha”.
Transplantes
O Governo de Goiás vem estruturando hospitais e capacitando equipes para aumentar a realização de transplantes no Estado. Foi na rede pública de saúde que Vinícius recebeu um novo pulmão, há cerca de dois anos, após um quadro de fibrose pulmonar. “No início tive receio da cirurgia e fiz apenas um tratamento paliativo. Mas, em 2017, o meu quadro de saúde ficou crítico. Por isso, em 2018, eu decidi entrar na fila de espera e em 2020 consegui fazer o transplante”, conta.
Vinícius lembra que durante esse processo parou de trabalhar e precisava de ajuda para as atividades mais básicas, como tomar banho. “Agora tenho uma vida normal”, diz emocionado.
O aposentado Joaquim Rocha de Oliveira, de 70 anos, conta que fez o transplante de rins em 2004. O procedimento foi indicado pelos médicos por causa de uma hipertensão grave. “Sou muito grato ao SUS. Quando fui transplantar, falei com Deus: eu preciso conhecer meus netos, preciso ficar curado. E hoje tenho a alegria de conviver com seis netos, graças ao procedimento”, lembra.
Doação
Entre os meses de janeiro e julho deste ano foram realizados 329 transplantes de órgãos e tecidos em Goiás, sendo: rins (55), fígado (4), córneas (246), medula óssea (11) e músculo esquelético (13).
Para ser um doador, basta comunicar o desejo à família. Não é mais necessário ter essa informação explícita em documento de identidade. Hoje, 1,5 mil pessoas aguardam por um transplante em Goiás, que é destaque nacional na realização de transplantes de rins.
Alô Valparaíso/* Com as informações da Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás/ Fotos: Irom Braz